Tem sido muito comum o fato de me pegar pensando: "O que eu estou fazendo aqui?", "Que lugar é esse no qual vim parar?", "Meu Deus, o que eu fiz de minha vida?".
Tudo bem, confesso, estou em uma fase de choque cultural, e quem sabe uma pitada de crise existencial. De um lado, não posso reclamar, visto que saí de Minas para a Bahia para assumir um emprego estável, com um salário maior (o dobro) do que eu recebia lá. E as coisas funcionam bem na UFBA, estou satisfeito com o laboratório, com os companheiros de trabalho, com o ambiente em si.
O que tem incomodado, e muito, é o pessoal, e não o profissional. O ritmo de vida das pessoas aqui é muito diferente de tudo que eu estava acostumado. Tudo muito lento, tudo muito devagar, as coisas demorando para acontecer sem uma razão lógica de ser. Algumas semanas para instalar um telefone, outras para a internet, um mês para a tv a cabo, lentidão total em filas de banco, cinema, e completa inaptidão das pessoas em muitas de suas funções. Raras são as exceções, uma delas é o coordenador do laboratório, o qual aprendi a respeitar e admirar.
As observações de meus amigos são variadas, vão desde "De repente, é o meio que vc pode ter para se educar e deixar de ser muito estressado e nervoso", a também "Vc já sabia de antemão que seria assim, não reclame". Mas aposto no período de adaptação ao lugar novo, ao novo ambiente, à nova cultura, ao estilo de ser das pessoas, pois já que eu tenho mesmo que me adaptar a essa nova realidade, faço então como disse nossa ministra, "relaxe e goze".
Sinto saudades de Minas. Das pessoas, do clima, do ambiente, da cultura, da comida. Foram 13 anos, nos quais vivi de tudo, cresci, me tornei EU MESMO. Cheguei calouro, e saí doutor phd. Acho que a mudança se expressa das maneiras como cheguei e saí, em outras palavras, de como saí de Miguel Pereira vendo minha irmã e minha mãe na rodoviária, e literalmente chorando até o Rio de Janeiro, e de como fui embora, com a certeza de que tinha feito a coisa certa na hora certa, e com uma frieza lógica em meu coração.
Tudo bem, confesso, estou em uma fase de choque cultural, e quem sabe uma pitada de crise existencial. De um lado, não posso reclamar, visto que saí de Minas para a Bahia para assumir um emprego estável, com um salário maior (o dobro) do que eu recebia lá. E as coisas funcionam bem na UFBA, estou satisfeito com o laboratório, com os companheiros de trabalho, com o ambiente em si.
O que tem incomodado, e muito, é o pessoal, e não o profissional. O ritmo de vida das pessoas aqui é muito diferente de tudo que eu estava acostumado. Tudo muito lento, tudo muito devagar, as coisas demorando para acontecer sem uma razão lógica de ser. Algumas semanas para instalar um telefone, outras para a internet, um mês para a tv a cabo, lentidão total em filas de banco, cinema, e completa inaptidão das pessoas em muitas de suas funções. Raras são as exceções, uma delas é o coordenador do laboratório, o qual aprendi a respeitar e admirar.
As observações de meus amigos são variadas, vão desde "De repente, é o meio que vc pode ter para se educar e deixar de ser muito estressado e nervoso", a também "Vc já sabia de antemão que seria assim, não reclame". Mas aposto no período de adaptação ao lugar novo, ao novo ambiente, à nova cultura, ao estilo de ser das pessoas, pois já que eu tenho mesmo que me adaptar a essa nova realidade, faço então como disse nossa ministra, "relaxe e goze".
Sinto saudades de Minas. Das pessoas, do clima, do ambiente, da cultura, da comida. Foram 13 anos, nos quais vivi de tudo, cresci, me tornei EU MESMO. Cheguei calouro, e saí doutor phd. Acho que a mudança se expressa das maneiras como cheguei e saí, em outras palavras, de como saí de Miguel Pereira vendo minha irmã e minha mãe na rodoviária, e literalmente chorando até o Rio de Janeiro, e de como fui embora, com a certeza de que tinha feito a coisa certa na hora certa, e com uma frieza lógica em meu coração.
Como estou sendo muito pessimista, devo dizer que essa mudança acarretou também vantagens (e muitas!). As paisagens dessa cidade são belíssimas, e retornar do trabalho contemplando a orla é desestressante! A simplicidade de muitas pessoas faz com que possa se obter colaborações muito mais facilmente. Um pouco que se faz é motivo de destaque pessoal, pois valoriza-se pequenas coisas. E mudar significou também revolver, renovar e modificar aspectos de minha vida que estavam fedendo horrivelmente, igual água parada (com certeza cheia de larvas de Aedes...).
É, já mudei minha vida completamente outras vezes antes, estou mudando agora. No fundo, no fundo, gosto disso, da mudança, do desafio do novo (indubitavelmente, coisa de ariano). E sugiro isso a qualquer um, sacudir a poeira e mudar de ares de vez em quando, faz bem para renovar as forças. Mas aviso também que nunca desanimem perante os obstáculos que aparecerem e a vontade de voltar ao porto seguro do que é conhecido. Perseverança e obstinação são pré-requisitos básicos para alcançar tudo aquilo que se almeja na vida.
É, já mudei minha vida completamente outras vezes antes, estou mudando agora. No fundo, no fundo, gosto disso, da mudança, do desafio do novo (indubitavelmente, coisa de ariano). E sugiro isso a qualquer um, sacudir a poeira e mudar de ares de vez em quando, faz bem para renovar as forças. Mas aviso também que nunca desanimem perante os obstáculos que aparecerem e a vontade de voltar ao porto seguro do que é conhecido. Perseverança e obstinação são pré-requisitos básicos para alcançar tudo aquilo que se almeja na vida.
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