Dor dilacera, é um adjetivo comumente associado a ela.
Dilacera, porque faz com que você perca o rumo, perca a capacidade de pensar,
de agir. Consome, porque pouco a pouco vai chegando a partes do corpo e da consciência
que muitas das vezes você nunca imaginou existirem. Alucina, porque os
pensamentos saem ar, não encontram ordem, sentido e nem começo ou fim.
Fim da dor? Início dela? Difícil estabelecer. Se fosse
fácil, de repente também seria fácil extinguir ou prevenir. Mas não é. Dor é
feita de matéria dos sonhos perdidos, dos amores rompidos, das esperanças
esquartejadas, uma matéria de tão difícil definição, sem forma, odor ou cor,
que quando se aproxima é praticamente impossível estabelecer, Mas quando vem,
penetra fundo em todos os pontos do ser, indo contra mesmo até o princípio de
que dois corpos não ocupam o mesmo local no espaço.
Não é por acaso, é com origem e destino definidos. Mas os
mesmos podem ser involuntários, culposos ou dolosos. Mas exalam a matéria da
dor de forma ininterrupta. E sabem para aonde exalar, mas não sabem quando
parar.
Dor...
Um comentário:
Pena que parou de escrever.
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